segunda-feira, 31 de maio de 2010

Confiança da indústria é a terceira maior da série histórica, diz FGV

Após recuar em abril, a confiança da indústria voltou a aumentar em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). O ICI (Índice de Confiança da Indústria) subiu 0,7% no período, ao passar de 115,3 para 116,1 pontos.

Trata-se do terceiro maior nível da série histórica, iniciada em abril de 1995, abaixo apenas dos índices de novembro de 2007 e março deste ano (com 116,9 e 116,5 pontos, respectivamente).

”O resultado revela que o mercado interno continua aquecido em maio. Em relação aos meses seguintes, as expectativas, que vinham se tornando menos otimistas nos dois meses anteriores, voltaram a melhorar, embora ainda estejam menos favoráveis que no início do ano”, aponta a FGV, em comunicado.

No período pesquisado, o ISA (Índice da Situação Atual) caiu 0,7% após 15 meses seguidos de elevação. Ainda assim, o nível de 119,2 pontos supera o da média registrada no primeiro quadrimestre de 2010 (115,8 pontos). No caso do IE (Índice de Expectativas), a situação é oposta: apesar doa alta de 2,7%, de 110,5 para 113,0 pontos, o índice encontra-se em patamar inferior ao da média dos quatro primeiros meses do ano (114,8 pontos).

O indicador que mede o grau de satisfação com o nível atual da demanda foi o único que evoluiu favoravelmente. O forte aquecimento da demanda doméstica influenciou o resultado deste indicador, que alcançou 120,8 pontos, o maior desde julho de 2008 (122,4 pontos). A proporção de empresas que consideram o nível de demanda atual como forte diminuiu de 27,5% em abril para 27,1% em maio de 2010, enquanto a parcela das que o avaliam como fraco reduziu-se de 7,8% para 6,3%.

Em maio, as expectativas para os próximos meses são mais favoráveis do que as de abril em todos os quesitos que compõem o IE, com destaque para a produção prevista. Das 1.199 empresas consultadas, 40,5% preveem aumento da produção no trimestre maio-julho e 11,3%, redução. No mês passado, estes percentuais haviam sido de 38,4% e 13,2%, respectivamente.

O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) – que mede o uso de máquinas e equipamentos – teve queda ao passar para 85,1% para 84,9%. O indicador atual supera a média registrada nos quatro primeiros meses deste ano (84,3%) e a média desde 2003 (83,0%), mas ainda encontra-se abaixo da média dos 12 meses anteriores à crise de setembro de 2008 (85,9%).

Até a próxima!

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